sábado, 19 de novembro de 2011

Resumo do livro Germinal


Esta obra relata a realidade dos operários franceses, nas minas de carvão, no final do século XIX. A vinda de um novo operário Etienne, muda o cenário nas minas de carvão. Ele se depara com o velho "Boa Morte", apelido dado ao velho Vincent Maheu, por ter sobrevivido há 3 acidentes na mina. Este senhor está com 58 anos, sendo que trabalha na mina desde seus 8 anos. "Boa Morte", tosse muito, tendo sua saúde totalmente debilitada. Toda sua família trabalha nas minas de carvão, sendo uma "tradição" da família Maheu: o avô do velho Vincent, Guillaume Maheu, começou com quinze anos; depois seu pai, Nicolas Maheu, que morrera com quarenta e dois anos soterrado pelas rochas, ele desde seus oito anos, seu filho Toussaint "Maheu" com sua família (netos do velho). Etienne se surpreende com o processo da produção, com as precariedades das condições de trabalho, miséria e exploração. Maheu, um dos trabalhadores mais antigo e respeitado, consegue vaga para ele, uma vez que uma operária havia falecido Fleurance. Aqui, todos os membros das famílias trabalham (das crianças aos idosos), sendo que o número de salários por pessoa garante o sustento de toda família. Assim, quando alguém morre ou deixa a família é necessário substituí-la imediatamente, para não baixar a renda familiar. Na família de Maheu só os pequenos não trabalham (Lénore, 6anos; Henri, 4anos, Alzire, 9anos, por ser enferma) e sua esposa, a qual fica em casa cuidando de Estelle, três meses. Os filhos maiores todos descem nas minas: Catherine de 15; Jealin de 14, e Zacharie de 21 anos. "E a mulher de Maheu continuou a lamentar-se, cabeça imóvel, fechando os olhos de vez em quando, à triste claridade da vela. Falou do guarda-comida vazio, das crianças que pediam pão, do café que faltava, da água que dava cólicas e dos longos dias passados a enganar a fome com folhas de couve cozidas. (...). .Etienne começa a trabalhar na Voeux. Ele permanece "cego" com o que está vendo. A mina é formada por diferentes andares. No total, a profundidade da mina era de quinhentos e cinqüenta e quatro metros. A exploração do trabalho era continua. As donas de casa desesperadas por não terem com o que alimentar seus filhos, vão até o senhor Maigrat, dono de um mercearia, pedirem mais crédito e pão. Voreux faz parte das treze minas que ficavam ao redor da região de Monstou. Aqui os operários não sabiam quem eram os donos, porém sabiam que o Sr. Hennebeau era o diretor geral da Voreux. Já o Sr. Grégoire era acionista e herdara do seu bisavô a mina Piolaine, sendo que seu primo, o Sr. Deneulin era o diretor desta. Estes três senhores estavam preocupados com as notícias da economia e da política, as quais estavam afetando seus negócios e com a provável greve que se anunciara.
Os operários eram multados se não fizessem um "bom" escoronamento. Os salários haviam sido diminuídos pela nova crise (América havia suspendido seus pedidos de ferro). Os operários, incentivados por Etienne começam a fazer o fundo de reserva, sendo que cada operário deve dar 20 soldos por mês de seu salário. Assim, eles decidem pela greve. Após uma delegação de operários foi ter com o Sr. Hennebeau, dispostos a colocarem suas situações de miséria e fome e pedir aumento de salários. Este coloca que a situação da Voeux não é boa. "Quase metade das sociedades carboníferas da França estão quebrando... O que vem a ser uma estupidez acusar de crueldade as que continuam abertas. Quando seus operários sofrem, elas também sofrem. Ou acredita que a companhia não tem a perder quanto vocês com a crise atual? Não é ela que determina o salário; está apenas obedecendo à concorrência, sob pena de ruína. Culpem os fatos, não a companhia. Mas vocês não querem ouvir, não querem compreender, essa é a verdade!" . A greve começa a se alastrar por toda a região. Os operários vão de mina em mina pedir que os "camaradas" se juntem na greve geral. Porém, a fome começa a ficar cada vez maior. O dinheiro da reserva só havia durado para dois dias de pão. Quatro mil francos haviam sido enviados de Londres pela Internacional, porém também só garantiu mais um ou dois dias de pão. A situação se agrava, pois a companhia ameaçava despedir e a contratar operários na Bélgica. Os operários se juntam numa reunião para decidir o futuro da greve. Alguns trabalhadores esfomeados queriam voltar ao trabalho, já outros preferiam continuar em greve e, se for preciso, morrerem pela causa. Os operários grevistas partem às minas que haviam sido ocupadas novamente. Chegando a cada uma destas minas, houve destruição de tudo que se podia ter a sua frente. Paravam as bombas de água, os elevadores, derrubavam as vagonetes. Os traidores eram vaiados pela multidão! O "Germinal", nos mostra a situação de miséria em que se encontravam os mineiros franceses; as relações entre os operários e as máquinas; entre capitalistas e operários; as greves e o sindicalismo; as necessidades humanas em contraste com as necessidades materiais.

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