segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Imperialismo, Gobineau e o racismo.


  • as diferenças entre os colonialismos do século XVI e os do século XIX.
  • as justificativas e formas do imperialismo do século XIX; o darwinismo social, o desenvolvimento capitalista e o imperialismo direto e indireto;
  • os principais impérios do século XIX: Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha;
  • a Conferencia de Berlim e suas conseqüências: aumento dos conflitos nas regiões dominadas e entre as potências européias.
Gobineau – “Ensaio sobre as desigualdades das raças humanas”
Está obra procurou sustentar as superioridades raciais européia durante a expansão imperialista no século XIX.
“L’ Emigration au Brésil”.
Incentivava os franceses a vir para cá; diminuição gradual da população brasileira miscigenada em 270 anos.
Gobineau, não era o único a defender a superioridade dos europeus brancos, trata-se de um conceito de evolução linear. Os europeus eram o ápice, desprezando as culturas dos povos dominados, provando sua inferioridade, com argumentos biológicos influenciados por Darwin e econômico de Adam Smith.
Os povos dominados pelos europeus ou que viviam à sua margem estariam, segundo essas ideias, em etapas anteriores da evolução.
  • Há alguma relação entre a constituição étnica dos brasileiros e o subdesenvolvimento do país?
  • Quais os argumentos para justificar, positivamente, a pergunta anterior?
  • Quais os argumentos para justificar, negativamente, a primeira pergunta?
  • Qual a relação entre o texto de Gobineau e a imigração européia no Brasil?
Estas teorias racistas do século XIX vieram para justificar o domínio de áreas “menos desenvolvidas” e influenciar a imigração européia para o Brasil.
Temos de ter uma postura de tolerância, pois como vemos hoje no Brasil a diversidade étnica não segue a Teoria de Gobineau, e sim uma diversidade cada vez maior, tanto cultural como artístico.

 

A Questão Agrária na Nova República


 O problema agrário brasileiro começou em 1850, quando acabou o tráfico de escravos e o Império, sob pressão dos fazendeiros, resolveu mudar o regime de propriedade. Até então, ocupava-se a terra e pedia-se ao imperador um título de posse. Dali em diante, com a ameaça de os escravos virarem proprietários rurais, deixando de se constituir num quintal de mão-de-obra quase gratuita, o regime passou a ser o da compra, e não mais de posse.”Enquanto o trabalho era escravo, a terra era livre. Quando o trabalho ficou livre, a terra virou escrava”, diz o professor José de Souza Martins, da Universidade de São Paulo. Na época, os Estados Unidos também discutiam a propriedade da terra. Só que fizeram exatamente o inverso. Em vez de impedir o acesso à terra, abriram o oeste do país para quem quisesse ocupá-lo – só ficavam excluídos os senhores de escravos do sul. Assim, criou-se uma potência agrícola, um mercado consumidor e uma cultura mais democrática, pois fundada numa sociedade de milhões de proprietários.Com pequenas variações, em países da Europa, Ásia e América do Norte impera a propriedade familiar, aquela em que pais e filhos pegam na enxada de sol a sol e raramente usam assalariados. Sua produção é suficiente para o sustento da família e o que sobra, em geral, é vendido para uma grande empresa agrícola comprometida com a compra dos seus produtos. No Brasil, o que há de mais parecido com isso são os produtores de uva do Rio Grande do Sul, que vendem sua produção para as vinícolas do norte do Estado. Em Santa Catarina, os aviários são de pequenos proprietários. Têm o suficiente para sustentar a família e vendem sua produção para grandes empresas, como Perdigão e Sadia. As pequenas propriedades são tão produtivas que, no Brasil todo, boa parte dos alimentos vêm dessa gente que possui até 10 hectares de terra. Dos donos de mais de 1.000 hectares, sai uma parte relativamente pequena do que se come. Ou seja: eles produzem menos, embora tenham 100 vezes mais terra.Ainda que os pequenos proprietários não conseguissem produzir para o mercado, mas apenas o suficiente para seu sustento, já seria uma saída pelo menos para a miséria urbana. “Até ser um Jeca Tatu é melhor do que viver na favela”, diz o professor Martins. Além disso, os assentamentos podem ser uma solução para a tremenda migração que existe no país. Qualquer fluxo migratório tem, por trás, um problema agrário. Há os mais evidentes, como os gaúchos que foram para Rondônia na década de 70 ou os nordestinos que buscam emprego em São Paulo. Há os mais invisíveis, como no interior paulista, na região de Ribeirão Preto, a chamada Califórnia brasileira, onde 50.000 bóias-frias trabalham no corte de cana das usinas de álcool e açúçar durante nove meses. Nos outros três meses, voltam para a sua região de origem – a maioria vem do paupérrimo Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais.A política de assentamento não é uma alternativa barata. O governo gasta até 30.000 reais com cada família que ganha um pedaço de terra. A criação de um emprego no comércio custa 40.000 reais. Na indústria, 80.000. Só que esses gastos são da iniciativa privada, enquanto, no campo, teriam de vir do governo. É investimento estatal puro, mesmo que o retorno, no caso, seja alto. De cada 30.000 reais investidos, estima-se que 23.000 voltem a seus cofres após alguns anos, na forma de impostos e mesmo de pagamentos de empréstimos adiantados. Para promover a reforma agrária em larga escala, é preciso dinheiro que não acaba mais. Seria errado, contudo, em nome da impossibilidade de fazer o máximo, recusar-se a fazer até o mínimo. O preço dessa recusa está aí, à vista de todos: a urbanização selvagem, a criminalidade em alta, a degradação das grandes cidades. 

domingo, 10 de junho de 2012

Guerra Mundial

* Primeira fase (1939-1941)- Marcada, principalmente, pela rápida e eficiente ofensiva alemã, com a ocupação de vários países pelas forças nazistas.

*Segunda fase (1942 -1945)- Marcada pela entrada da União Soviética e, depois , dos Estados Unidos na guerra e pela "mundialização" do conflito, com a formação de dois grandes blocos de países (os que apoiavam o Eixo e os que apoiavam os Aliados). Essa fase terminou com a vitória dos Aliados

Crise Internacional do capitalismo

Após a primeira guerra mundial  (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão….
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Vários fatores causaram essa crise:
Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.
Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.
Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 – dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).

Processo Revolucionário

* Revolução Branca (iniciada em março de 1917)- conhecida também como Revolução liberal Burguesa em que o governo foi controlado pelos "brancos", designação dada aos grupos não bolcheviques (mencheviques, liberais e arstocracia).

*Revolução Vermelha (iniciada em novembro de 1917 )- Conhecida também como Revolução Comunista, em que o poder foi tomado pelos "vermelhos", designação dada aos bolcheviques.

* Guerra civil ( 1918-1920 ) em que os "brancos" tentaram derrubar os "vermelhos" do poder

Revolução Russa

* A Rússia foi um dos maiores impérios do mundo em extensão territorial.
* Seu processo de expansão ia do leste europeu em direção à Ásia e até o oceano Pacífico
* Além da extensão transcontinental, o Império Russo reuniu uma população imensa ( cerca de 175 milhões de pessoas, em 1914).

Crises

Crise do Marrocos

Entre 1905  e 1911. França e Alemanha quase chegaram a guerra devido à disputa pelo território do Marrocos, no norte da África. Em 1906, foi convocada uma conferência internacional, na cidade espanhola de Algeciras, para resolver a questão. Essa conferência deliberou que os franceses teriam supremacia sobre o Marrocos enquanto aos alemães caberia uma pequena faixa de terras no sudoeste africano.
O governo da Alemanha não se conformou com a decisão desfavorável, e em 1911 surgiram novos conflitos com a França pela disputa de territórios da África. Para evitar guerra, o governo francês acabou concedendo á Alemanha uma parte do Congo.

Crise balcânica

Um dos principais focos de atrito entre as potências européias era a península Balcânica (sudeste da Europa), onde se chocavam o nacionalismo da Sérvia (pan-eslavismo), apoiada pela Rússia, e o expansionismo da Áutria-Hungria, aliada da Alemanhã.
Em 1908, a Áustria-Hungria anexou a Bósnia-Herzegovina a seus territórios. Isso contrariava os interesses da Sérvia, que pretendia incorporar aquela região, habitada por eslavos, e criar  a Grande Sérvia, com saída para o mar Adriático. Em conseqüência, os movimentos nacionalistas sérvios passaram a agir violentamente, manifestando toda a sua contrariedade. Estava pronto o cenário para o início da Grande Guerra